sexta-feira, 15 de maio de 2015

As primeiras vezes...

… são tão difíceis.
Fui a Moscovo e voltei a trabalhar pela primeira vez após a sua partida. Ontem regressei a Lisboa e o tempo sobra-me com a sua ausência. O vazio é enorme e a culpa não dá tréguas. A culpa de não ter prolongado um tempo valioso que, eventualmente, ainda pudesse existir. Mais um abraço, um beijo e uma palavra querida. Um exemplo. Um amor de referência.
Ficam as memórias, a saudade e os gestos. Aqueles gestos. Os nossos gestos. O relógio igualmente usado no pulso direito, os talheres trocados (sempre),  a dedicação, a teimosia (imensa), os valores e princípios, o trato, a história, o amor.
A dor, a tristeza e o arrependimento moram aqui.

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