sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

A papoilar desde mil novecentos e troca o passo...

O que arde, cura, o que aperta, segura e o que pica, reabilita, não é?
Exmo. Sr. Dr. Exorcista acha que não estou boa da cabeça e eu e os meus também mas o que interessa é que escapei à cirurgia e isso, sim, são excelentes notícias.
Só não lhe dei um beijo porque… bem, porque ele estendeu-me a mão para se despedir!

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Down under...

Is this for real?
Acho delicioso ver miúdos destas idades, e estamos a falar de 8 anos e pouco mais, a cozinhar como gente grande. Fazem saladas, cozinham marisco, assam, grelham, estufam, atiram-se sem medo às sobremesas. Com oito anos o máximo que me era permitido fazer era uns tímidos crepezitos. 
Agora vingo-me e faço experiências com as barrigas gulosas alheias. Agora, agora, não faço mesmo nada a não ser ficar a ver mas é coisa temporária (fingers crossed)!

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Estou cansada...

- de andar ao pé coxinho (quando as mãos já não aguentam o peso do corpo nas canadianas);
- de tomar o pequeno-almoço e o almoço em pé na bancada da cozinha (porque ou me levo a mim para a mesa ou levo os pratos e esta família é só gente muitíssimo ocupada a fazer coisas como trabalhar e visitas só mesmo ao fim-de-semana);
- de estar fechada em casa;
- de atender o telefone (isto mais parece uma central);
- das canadianas;
e principalmente estou cansada de me repetir.
É isto!

E a minha vida é isto...

Mas porque é que deixei a minha Nightingale de serviço convencer-me a não tomar as drunfos para as dores?
Ah e tal isso faz mal e já chega os anti-inflamatórios que não podem ser esquecidos e o coiso e agora estou para aqui com uma preguiça (porque não dormi nada… xacáver… ah, com dores) que acrescida a este novo ritmo diário faz-me estar ainda de pijama. 
O melhor é ir despachar-me (devagarinho!) e fazer qualquer coisa de útil (bem, mesmo de pijama já trabalhei com Moscovo e Nuremberga - as vantagens das modernices tecnológicas)!

Apetece-me...

- dizer que odeio os esquis quase tanto como as canadianas (mas sei que não é verdade);
- atirar as canadianas pela janela fora (mas depois é que não saio do mesmo lugar até alguém chegar);
- não levar horas a organizar a rotina diária em função desta mobilidade reduzida;
- não levar tanto tempo a começar o dia por causa da logística do banho/duche, pequeno-almoço, e outras actividades do quotidiano;
- ouvir o senhor exorcista dizer que isto está quase e em menos de nada estou pronta para outra (queruzes, queredo, chega pralá);
- sair e conduzir o meu destino (não nasci para ter um Ambrósio, até porque não gosto de Ferrero Rocher);
- não ter perdido uma saída de compras com uma BFF pelas razões mais que óbvias e já mencionadas;
- fazer um bolo, amassar um pão mas tenho que me contentar com as técnicas de Jamie Oliver/Nigella Lawson alheias;
- poder sentar-me à mesa para uma refeição dita normal;
- dormir despreocupadamente sem ter que me sentar (logo, acordar) cada vez que preciso de, ligeiramente, mudar de posição;
- ir ao teatro;
- pintar uma parede da cozinha de preto ardósia;
- jantar na confusão no Mercado de Campo de Ourique;
- ir tratar do jardim;
- não ter que passar o dia entre o computador e a TV (eu que raramente ligava este gingarelho);
- não estar entupida de anti-inflamatórios;
- não ter que falar ao telefone das melhoras quase inexistentes 30 vezes por dia;
- andar de bicicleta (claro!);
- subir as escadas a correr sempre que me esquecia de qualquer coisa (todos os dias);
- que não me doa as mãos por causa da porcaria das canadianas;
- não estar à espera dos Ambrósios, Nightingales, Poppins, Olivers, Doubtfires da minha pessoa;
Mais que tudo apetece-me voltar a andar com as duas pernas (as minhas, não as das canadianas)!

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Um bom médico mau...

O Dr. Xavier Zurbano Vasques rules mas sodôna Papoila não fica atrás (só na mariquice, claro!).
Tivessem todos os médicos este empenho e know-how e seríamos todos muito mais felizes e saudáveis, digo eu!
Apareci na consulta de ortopedia por recomendação do médico das urgências, mas já com a ressonância magnética feita. O Dr. Xavier deixou cair o queixo.
Demo - Mas chega aqui já com os exames feitos? Não era suposto ser eu a prescrever-lhe os exames?
Papoila - Doutor, eu tenho muita pressa em ficar operacional outra vez. Tenho que ir trabalhar. 
Demo - Tempo, menina! Estas coisas levam tempo.
Papoila - Mas eu não tenho tempo, tenho pressa.
Papoila - Doutor, não consigo esticar a perna. 
Demo - Não consigo não existe. Estique a perna, já! 
Lágrimas e dor, muita dor.
...
Papoila - Doutor, preciso de tempo. Estas coisas levam tempo!
Demo - @#%&*?

É bárbaro e tem umas mãos demoníacas mas tem a mania de querer ver os pacientes bem, curados e despachados para a vidinha deles. Naquele consultório houve suspiros, gemidos, lágrimas, ralhetes e muita dor mas parece que estou em boas mãos, más mas boas. Doze horas depois da tortura medieval a que fui submetida, já ligou para dar uma notícia óptima e outra assim-assim. To be continued on Jan 23rd. Meeeeedo!

Quem tem amigos...

… tem umas boas gargalhadas asseguradas e companhia fora de horas!

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Rir faz bem à saúde...

Uma pessoa percebe que o joelho está armado em parvo e que não vai lá com cantiguinhas e enfia-se nas urgências do hospital. Uma pessoa repete a história na triagem, ao médico e ao radiologista. O RX é, entretanto, cancelado e a enfermeira pega nesta minha nova forma de locomoção e espeta-nos às duas contra uma parede e ainda diz que nunca foi muita dada a conduções. Digo-lhe que acabou de chumbar no exame. Uma pessoa costuma ir sozinha a estas coisas de médicos e hospitais mas devido a actual situação tem que levar companhia e acontece de tudo um pouco a começar pelos atropelamentos das palavras aos desencontros inevitáveis, acabando sempre numa risota mal vista pelos outros pacientes.
Uma pessoa já só quer livrar-se deste incómodo que é uma perna coxa que só ela.
To be continued... com canadianas, ressonâncias magnéticas, ortopedistas and so on!

I'm trying...

Apesar de tudo, carry on, carry on!

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Cool...


Nunca me tinha lembrado desta solução, aparentemente, fácil e rápida para separar as gemas das claras. Especialmente quando, em terapia anti-stress, lembro-me de empreender verdadeiras maratonas de bolarices e outras coisas doces.
A testar, assim que possível, numa casa perto de mim.

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Sim, sim...




A culpa é, e sempre foi, dos livros da Anita!
- Posted using BlogPress

É graxa, senhor, é graxa...


Portugal...

Não queria sequer falar no assunto mas, por coincidência ou não, hoje num táxi em Friedrichshafen (cidade pequena) e em amena cavaqueira, meio em inglês meio em alemão, com o condutor sobre variadíssimos assuntos, acaba por perguntar a minha nacionalidade. 
Diz-me que não sabe muito sobre o meu país mas que Eusébio era o melhor homem (suponho futebolista)!
I rest my case.

Ai, senhores...

Confirma-se porque nunca poderia ter optado por Medicina. Os meus valores de mariquice eram e são excessivamente elevados e não me deixam sequer ler descrições quanto mais andar em explorações anatómicas.
Tanto de Lisboa como daqui os palpites pululam à volta do joelho. É isto, é aquilo, é o outro e ontem diagnosticaram-me, livremente, uma fibrose. Mas ninguém soube dizer se o joelho estaria em recuperação ou se estaria a piorar. Virei-me para o google para encontrar respostas. Entre as várias explicações e fotografias apresentadas comecei a sentir-me tonta e com um impulso iminente para vomitar e, claro, a enervar-me com os possíveis tratamentos.
Mandei o google às urtigas, apaguei a luz e fui dormir a ver se esquecia o tormento.
Senhor Santo Padroeiro dos joelhos, isto já era coisa para ter passado, não?


sábado, 4 de janeiro de 2014

I have a dream...

Até tenho mais do que um, a bem da verdade tenho muitos mesmo. Mas agora, talvez por estar imobilizada e limitada para qualquer actividade que exija locomoção, tenho tempo para este sonho/projecto que está para aqui a formigar e a querer emancipar-se e existir. A ver se quando chegar ao Portugalito não me retiram o O2 como tem vindo a acontecer ultimamente (este ultimamente remonta ao tempo dos afonsinhos = sempre!).

Só tem que ser...

Quando o ano começa torcido tem mesmo que endireitar, não é?
É o ano e o joelho. E eu que não vejo melhoras nenhumas, canário!

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

E ao 3º dia do ano...

… constato que lixei o joelho a sério e que a coisa não vai lá com duas cantigas. Está inchado, não está negro e não dói ao toque mas dói em qualquer posição e andar, se é que se pode chamar andar a este meio de locomoção, é uma tarefa para lá de desagradável. Assim como é estar sentada ou deitada. Ou seja, eu não tenho posição para estar, estou a ficar com os nervos em franja e a antecipar um nó difícil de desatar.
E aquela coisa do 2014 te traga tudo o que 2013 não trouxe já se realizou. Isto a continuar assim vai acabar numa baixa longa e numa recuperação chata.

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Diz que é o 2º dia do ano...




... e tendo em conta que o primeiro foi dia de inactividade e reflexão (?!), comecei então o ano, no dia 2 de Janeiro, com o joelho esquerdo. Tanta coisa para começar o ano com o pé direito e depois caio com/sobre o joelho esquerdo com direito a lesão à jogador da bola - espero bem que não - que me deixou completamente coxinha e avariada da caneta.
A ver vamos o que me está reservado para os dias seguintes. Se me arrependo e encosto os desportos radicais à box, se recupero e esqueço o tormento que é fazer qualquer coisa de actividades do quotidiano. Resta-me compressas frias e gel anti-inflamatório e pedidos atrasados de fim de ano para curas instantâneas.
Portanto, para já, não me parece que esteja ready nem que vá a lado algum!

- Posted using BlogPress