quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Seis meses...

Depois de um até amanhã que não chegou acontecer e de um turbilhão de emoções indescritíveis veio a despedida que eu pensei ser a última. Para sempre. Hoje sei que não tem que ser assim. E não é.
Estes meses têm sido duros, dias há que em que me sinto perto da loucura e do desespero contrabalançados por uma aceitação ainda trémula que ameaça acontecer e, que por si só, encerra alguma tristeza: ser capaz de continuar a respirar, voltar a ter vontade viver, lutar e até sorrir. Talvez ainda seja um sorriso triste mas é um começo. Um pequeno passo que me impulsiona a continuar. Como se o esquecimento se quisesse instalar. Nunca o esquecimento vai apagar esta vida que aconteceu. Que me aconteceu. Mas o tempo tem destas coisas e não gosta de ser contrariado.
E hoje, mais do que nunca, sinto que a partida é o uso do bilhete de regresso que nos foi dado quando aqui chegámos. 
Um bilhete de ida e volta que não admite atrasos e um dia se concretiza. 
Até já.

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