sábado, 19 de fevereiro de 2011

Era uma vez...

... um pico tailandês, que vivia numa ilha pequenina de nome difícil e estranho. Este pico tinha um sonho  que o perseguia há já muito tempo. Quer enrolado na areia quente, quer banhado por aquelas águas mornas, o sonho teimava mais forte. Era alimento para aquela alma pequenina de pico. Este pico tinha o sonho de voar. Não queria mais nada, só um dia ir lá acima conversar com as nuvens, cumprimentar o sol e admirar a lua de perto. Só não sabia como alcançar este feito. Pensava, pensava e nunca tinha encontrado uma resposta a tal anseio. 
Um dia conheceu uma flor. Pediu-lhe tanto para o levar a voar, a conhecer outros mundos. Ela recusou vezes sem conta. E ele insistia, insistia e a flor resistia. Na última tarde de praia, à traição, senhor dom pico ferrou-se no pé da flor e não a deixou mais. Muitas tentativas (vãs) para deixar este pico intrometido na sua terra e nada de nada o faziam mudar de opinião. Pinças, bisturis, agulhas, dedos e mais dedos, uma enfermeira e um médico e o pico ali estava, confortavelmente instalado. 
O seu sonho (pesadelo de dona flor) concretizou-se, voou mais alto mas uma anestesia dura, umas lágrimas e uma agulha matreira acabaram com este pico maldito, mas agora senhora dona flor coxeia...

2 comentários:

Anónimo disse...

Ora aí está a prova de que o sonho de uns, pode ser o pesadelo de outros! :)

Papoila Bem Me Quer disse...

Vero!