quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

This is Russia...

Eu acordei com a mãe de todas as dores de cabeça. Doía-me tudo e simultaneamente já nem sentia a cabeça. Os olhos lacrimejavam, a tolerância estava diminuída, o raciocínio tinha fugido. Foi sem dúvida um começo de dia perturbador.
Logo pela fresquinha (mesmo que não seja cedo, aqui no Inverno está sempre fresquinho) levo com uma reunião de três horas por distúrbios comportamentais ou disciplinares ou como queiram denominar e que eu defini, logo no início da malfadada reunião, como Kindergarten time.
Senhoras e senhores, eu não tenho tempo nem paciência (nem cabeça) para cowboyadas, parvoíces e fait-divers. Aliás, eu até tenho uma paciência quase infinita mas depois chego a um ponto, que eu delicadamente chamo de viragem, e farto-me. Mas farto-me mesmo, mesmo. E aturar uma menina a fazer beicinho, a tremer o lábio, a dizer mentiras e a lacrimejar é coisa para me deixar muito incomodada. E se comecei por dizer que nem sabia o que dizer acabei a dar puxões de orelhas extremamente subtis, ofi córse, e a deixar avisos between the lines para bom entendedor. E portanto, hoje não porque esta cabeça e todo o trabalho que não foi feito naquelas três horas não permitem, mas amanhã segue relatório para a casa mãe e apesar de a minha própria mãe, sempre muito preocupada com o desemprego, pedir a minha clemência eu cá acho que a minha preocupação é a mesma. Há mesmo muita gente no desemprego que quer e precisa de um trabalho a sério e eu também preciso de gente que queira trabalhar, de preferência, a sério.
Tenho dito! 

P.S. - Muito ironicamente até estou a fazer um favor a esta criatura e a todos nós. Tenho para mim que o dia em que ela trocar um здравствуйте com o Exmo. Sr. Sol destas vidas será simultaneamente um прощайте. A ver vamos, não costumo errar nestas coisas.