domingo, 18 de julho de 2010

Sem querer ser cagari-cagaró...

... parece-me a mim que à grande e à francesa já não é bem o que era!!!
Adoro Paris e gosto do país em geral (do que conheço, claro está), mas não sou propriamente fã dos senhores que habitam a cidade das luzes.
A aventura começou logo pela manhã quando quis fazer o check-out no hotel. Tinha lá passado a noite (tenho a certezinha!) e apesar de ter feito o check-in normalmente, não havia registo nenhum meu nem do "meu" quarto ter estado ocupado nessa noite. Portanto... elementar, meu caro Watson, sem check-in não há lugar a check-out!!! Ou melhor, nenhuma das meninas/senhoras da recepção queria ocupar-se da minha situação. Minhas queridas, eu só quero pagar e ir embora, tá?! Já estou para lá de atrasada (a noite tinha sido longa) e a minha vida não é só isto! Tem que aguardar, tem que aguardar, tem que aguardar! Qual disco riscado!
Contornado o primeiro obstáculo, aparece logo de seguida o segundo para pôr à prova a minha paciência que parecia mais estar em dia não. Já disse que estava atrasada??? O taxista perdeu-se e em vez dos habituais dez minutos para chegar ao destino, andámos nas auto-routes que circundam a cidade enfiados em bouchons e a ver a minha vidinha a andar para trás. O GPS diz que é por aqui... Oui, oui, mas há 40 minutos atrás é que era por aqui! Excusez-moi, madam! Mas a verdadinha é que cada vez estou mais atrasada and that´s not good! Finalmente no destino, deparo-me com mais uma incompetêcia alheia (ainda bem que decidi ir fazer de fiscal), mas facilmente a questão fica resolvida. Vamos embora que a vida são dois dias e eu estou mesmo a habilitar-me a ficar a ver navios (no meu caso, o avião).
Mais um taxista, desta vez o problema foi com o pagamento. Depois de requisitar um táxi que aceitasse o pagamento com cartão de crédito, MB, etc..., calha-me um que tem a maquineta avariada. Só a mim!!! Sim, porque nem todos os países são como Portugal, onde os MB nascem como cogumelos a cada esquina. Lá saí do taxi com indicações precisas para descarregar a bagagem enquanto eu procurava o bendito do MB. Não foi tão mau assim e uns minutos depois já estava de regresso com uns euros na mão. Mas, claro está, que o senhor taxista estava confortavelmente instalado no banco da frente e as valises nem vê-las. Duas palavras menos simpáticas e pagamento feito e o troco estava a demorar a chegar. Queria ficar com gorjeta???!!! Por quê? Por ter sido imbecil? Mais um que se atravessa no meu caminho. Forget it. No tips. Cara feia e foi embora.
Aventura número 3 e meia: Não aconselho mesmo nadinha uma viagem em executiva na Air France (médio curso, porque longo nunca experimentei). Depois de muita procura, ninguém achava a reserva. Ok, acontece! Nomes trocados, letras trocadas, enfim... Mademoiselle (aqui mereci outro tratamento), tem que pagar excesso de bagagem. Quoi???!!! Na Air France, os passageiros de executiva tem direito a duas malas no total de 46 kgs. Como eu só tinha uma mala com 30 kgs, tenho que pagar 100€. Parece-me bem! Esperteza saloia de andar por este mundo a viajar com 16 kgs e uma mala a menos do que é permitido???!!! Toma lá e não digas que vais daqui... Cheira-me que vai dar lugar a reclamação... Mas, sirva o purê, pode dirigir-se ao lounge para aguardar confortavelmente pelo seu voo. Para aceder ao dito lounge, só é preciso subir dois lances de escadas em caracol apertado e muito adequado a quem tem bagagem de mão tipo trolley, mala do portátil, saco de souvenirs, etc... Esqueço o lounge e espero duas horas que a greve dos controladores permita o embarque. Finalmente instalada num lugar não atribuído, mas enfim (outra história), tento esquecer os amargos da manhã parisiense! Com tanta aventura a fome acordou e espera-se que a refeição do avião que, não sendo nada de especial, entretenha o estômago por duas ou três horas. Ah, mas a refeição de executiva da Air France é especial. Vem num estojo branco de plástico rígido (mais parece a caixa dos lápis de cores da escola primária), com talheres de plástico e resume-se a um pãozinho frio, um queijinho, uma mini-saladuncha e um croissant congelado. Tudo bem regado por uma bebida em copo de plástico (só para saber melhor). A Air France diz que são os maiores.  Serão os melhores? Vive la France!

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