terça-feira, 29 de março de 2011

Estamos assim...


Ando, há uns dias, com o coração cheio de ódio, raiva e mágoa. A tristeza já ficou para trás e as lágrimas foram esquecidas, já não conseguem lavar mais nada. Digo para mim mesma que é só o instinto de sobrevivência, que estou só a criar uma carapaça duríssima à prova de bala que me proteja na(s) próxima(s) vez(es). Dizem-me que vai passar porque até um coração com ódio se cansa e esquece. Mas eu não quero esquecer. Os meus "ós" ensinaram-me há muito que perdoar é bom, mas esquecer  só os tolos o fazem. E não se esquece o que (ou quem) faz muito mal, um mal continuado e prolongado. Um mal que desgasta e queima. Um mal que definha e corrói.
Tenho a certeza que chegará o dia em que esse mal vai terminar, deixará o meu coração respirar e vou quase esquecer que existiu.
Até lá, resta-me esperar e tentar não descompensar muito (a sanidade, a paciência e as contas, ai as contas).

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