sábado, 27 de abril de 2013

To do list...

Diz que tenho que ir tratar do cartão de cidadão ou único ou sei lá como se chama. A última vez que tratei do BI, há 5 anos atrás, já estava caducado. Pois, como nunca uso, esqueço-me. Lá passaportes tenho eu. Dois, simultaneamente. E que me dão uma trabalheira cada vez que é preciso renovar um deles. Apesar da autorização concedida pelo Governo Civil, as senhoras da Loja do Cidadão gostam de complicar e, normalmente, a coisa leva um dia inteiro para se resolver. Papel para a frente, papel para trás. Ora conta à história a uma, ora repete a história à chefe, ora chamam a directora. Ora sente-se aqui, ora espere ali, ora ligue para acoli. Acabo sempre por revirar os olhos à eterna tentativa das senhoras para arranjar uma justificação assim e assado... à qual eu respondo, invariavelmente, que não posso, não quero, nem a minha empresa vai emitir um documento falso. Pois, mas assim era garantido... porque cabia na gavetinha das justificações das senhoras.  E lá as convenço que não pode ser e que elas deveriam ser as primeiras a salvaguardar a veracidade dos documentos e tal. É sempre um dia perdido, um dia de stress, um dia em penso que é desta que não consigo o segundo passaporte, enfim... burrocracias (muito burras mesmo!). 
Já conheço as senhoras pelo nome. Elas também já me conhecem, não pelo nome mas por ser a menina dos muitos passaportes. A última vez entre uma senhora e outra acabou por o pedido ser finalizado por um senhor que ficou completamente incomodado por eu trazer três passaportes para casa. E eu explicava que um era o meu, o segundo era o novo e o terceiro estava anulado (por eles) mas ainda tinha o visto russo válido que eu precisava para transferir para o novo passaporte. Mas ele não queria ir na minha conversa e refutava que nunca tinha visto ninguém com três passaportes e que não podia ser e tal. E eu insistia que o terceiro passaporte não estava válido portanto eu não o podia usar mas que precisava dele para a transferência do visto. E o senhor remoía que eu ficava com três passaportes em casa. Eu, já fartinha e pelos cabelos com a falta de elasticidade mental do senhor,  atirei-lhe que ele podia ficar descansadinho que eu, em casa, tinha 15 passaportes (não são 15 mas são muitos). Ele deixou cair o queixo e deixou-me vir embora com os benditos dos três passaportes.
Agora vou estrear-me no mundo do cartão do cidadão e vou atirar-me de cabeça, cheia de esperança que seja canja. Seja chegar lá e pronto, já está. Eu sou uma pessoa positiva. Vai correr bem.
Só estou a querer esquecer-me de um pequeno pormenor... é que entretanto mudei de residência e aposto que aquelas senhoras, as que já me conhecem, vão querer vingar-se da história dos passaportes. 

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