Eu não votei! Eu não exerci o meu direito e dever cívicos. Eu nunca vou poder candidatar-me a Presidente da República (das bananas). Não o fiz por uma qualquer razão reinvindicativa superior, apesar de considerar todas as opções apresentadas muito aborrecidas. Fi-lo (ou melhor deixei de fazer) porque, apesar de poder votar antecipadamente por estar ausente na data em questão, para o nosso país um bocadinho burrocrático não há papel que me defina. Estou ali entre o emigrante e o residente. E como não há definição para mim, é mais fácil (para todos) ficar fora da brincadeira (para não dizer fantochada) eleitoral. Se não tenho voto na matéria, há uma matéria que votou em mim em pleno! O desconhecimento total do ruído da campanha eleitoral. Não vi frigideiras, nem flores, nem autocolantes nem bandeirinhas. Outdoors muito poucos e só por altura do Natal. Só por isso (quase) que valeu a pena! E amanhã é outro dia! Perdoem-me os adeptos fervorosos destas andanças.
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